Moda de Viola
Quando foi um certo dia a minha mãe teve ciúme
Meu filho não lida mais seu pai e os peões que se arrumem
Se tu formar pra doutor, um grande cargo assume
Não fica um peão jogado no campo e pelo batume
Vou te botar de castigo, se acaso tu não se aprume
Se um dia eu te ver jogado seu pai var ser o culpado, por não tirar teu costume
Um dia fugi de casa varando o sertão adentro
Me ajustei com um boiadeiro por nome João Nascimento
Fomos buscar uma boiada pras bandas do livramento
O boiadeiro dizia que eu era de bom talento
Não falo por ser gabola e nem por convencimento
Jogava o laço no escuro e notava o marro asseguro, pelo ringido dos tentos
Depois que eu sai de casa passou dez anos ou mais
Fomos buscar uma boiada lá no sertão de Goiás
Quando cheguei no rio grande, a enchente estava demais
Ali tinha uma boiada, com dez peões e capataz
Quando o rio foi abaixando, a balsa encostou no cais
A boiada pulou n’água eu o peão nesta hora amarga jogou seu burrão atrás
O burro estava cansado, não aguentou a correnteza
O peão gritou por socorro eu acudi com destreza
Fiz três rodilhas no laço, joguei com toda proeza
Lacei pro meio do corpo, não sei se foi pro proeza
Ao trazer ele na praia, foi grande a minha surpresa
O peão gritou surpreendido me abrace filho querido, você foi minha defesa
0 comentários:
Postar um comentário